quarta-feira, 8 de agosto de 2007

INOVAÇÃO E EDUCAÇÃO

Inovação só surge quando há, dentre outros fatores, investimentos sérios em Desenvolvimento Humano. E é exatamente aí que reside o problema...

As organizações costumam tratar este assunto com seus planos mirabolantes de Gestão por Competências, conceito muito citado no Brasil por mestres em RH, tais como os professores Joel Dutra e Tânia Casado.

O conceito de Competências inclui as habilidades, atitudes e conhecimentos que os funcionários de uma determinada empresa devem ter. Como quase sempre acontece no Mundo Corporativo, o problema não está no conceito, mas sim na sua aplicação no dia-a-dia da empresa.

Num mundo globalizado como o atual, no qual a competição se torna cada vez mais acirrada e a diferenciação é atingida a duras penas, as competências exigidas pelas empresas geralmente estão relacionadas à: negociação, desenvolvimento de pessoas, empreendedorismo, visão estratégica, análise crítica e demais competências técnicas em função das diversas áreas da organização.

A grande área de oportunidade quando falamos de Desenvolvimento Humano nas empresas, está em como fazer com que os funcionários desenvolvam estas competências. Atualmente são usadas fórmulas desgastadas tais como treinamentos presenciais e de curta duração (onde reinam os power points em demasia), palestras motivacionais com fórmulas feitas e o financiamento dos MBA's pasteurizados pelo mercado.

Há muito espaço para melhoria em relação à maneira de se fazer um Ser Humano melhor e mais competente para o que a organização precisa. Como isso pode ser feito? Um dos elementos-chave é olhar para a Educação como uma arte interdisciplinar, que envolve conhecimentos que não necessariamente estão somente no campo da Administração, Economia, Finanças, Marketing e afins. Há muito conteúdo que pode ser explorado de áreas como Terceiro Setor, Artes Plásticas, Teatro, Psicologia e a própria Pedagogia. Outro fator fundamental está na realização de um profundo diagnóstico da pessoa que entrará num processo de desenvolvimento por competências. Um diagnóstico que entenda seu histórico dentro e fora da organização, suas motivações, sonhos, expectativas, nível cultural e educacional. Afinal, como diria Paulo Freire, "A Educação não pode se resumir a um depósito de conteúdos nas cabeças alheias".

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