sábado, 2 de fevereiro de 2008

Uma Empresa do Futuro


















Sempre é bom tomar um tempo para se inspirar em pessoas ou empresas que realmente fazem a diferença e apontam para o futuro. Estas empresas/pessoas estão sempre à frente de seu tempo e atuam como inspiradores para os demais.

Uma destas empresas certamente é a APPLE. Há muito o que falar sobre ela, mas como dizem que uma imagem vale por mil palavras, veja e tire suas próprias conclusões...

Esta é uma campanha elaborada pela APPLE para demonstrar os benefícios do Machintosh versus o Personal Computer. (Clique na foto para assistir ao vídeo)

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

O ADMIRÁVEL MUNDO NOVO DAS EMPRESAS

Em 1932, o escritor inglês Aldous Huxley escreveu sua obra-prima “Admirável Mundo Novo”. Como toda obra de ficção científica, o livro apresenta uma estória aparentemente maluca, mas que acabou se tornando um retrato de muitas das situações vividas no mundo atual.

No livro, uma sociedade futurista vive sob um regime político ditatorial, com um rígido sistema de castas sociais. Todos os bebês nascem através de métodos artificiais e são condicionados desde cedo - através de inúmeras técnicas mirabolantes – para adotarem as atitudes esperadas de sua respectiva casta social. Assim, há castas responsáveis pelo comando das estruturas de poder (melhores empregos, cargos na estrutura governamental, etc.) e castas que atuam para oferecer todo o suporte necessário para que a sociedade continue existindo, atuando como mão-de-obra para funções que não requerem muito esforço mental.

Toda esta estrutura é sustentada por altas doses de soma, uma droga legal e utilizada para tornar as pessoas extremamente felizes e ao mesmo tempo adequadas ao sistema em que vivem, prontas para aceitarem tudo sem questionar.

Embora a tentativa de estabelecer comparações entre o livro e os dias atuais possa parecer uma grande besteira, noto que há algumas características muito presentes na sociedade contemporânea e particularmente nas empresas modernas, tais como: alienação e comodismo com as estruturas existentes, falta de atitude para o pensar e agir inovador, altas doses de condicionamento com o passado (tanto em termos dos indivíduos quanto da própria empresa vista como “ser”), concentração excessiva de poder nas mãos de poucos e decisões não compartilhadas.
Afinal de contas, será que o Admirável Mundo Novo das empresas modernas é o que notamos nas campanhas de Marketing e aparências do mundo corporativo ou um retrato do Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley?

Leitura recomendada: Admirável Mundo Novo – Aldous Huxley

Filme recomendado: Equilibrium (2002; Cristian Baley)

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

EMPRESAS QUE APRENDEM: O CRESCIMENTO QUE VEM DE DENTRO

O homem se desenvolve acumulando conhecimentos desde o nascimento, a partir de estímulos aos 4 sentidos e sentimentos resultantes de experiências e interações. Desta forma cresce e evolui de acordo com o nível de atenção que dedica direta ou indiretamente ao processo de aprendizado. Com as empresas não é diferente: o potencial de crescimento através das próprias experiências é enorme e ainda pouco explorado.

O conhecimento acumulado através das ações (tácito) acompanha o homem por toda a vida e é utilizado conscientemente e inconscientemente nas atitudes futuras – seja para 1.o aprimoramento de uma tarefa - evitando um fracasso, corrigindo erros, ou adaptando-se a uma nova situação; 2. questionar a maneira como as tarefas são executadas, motivando a busca de novos caminhos e geração de novos conhecimentos e; 3. aprimorar o próprio processo de aprendizado, mantendo-se em evolução constante e acelerada.

Para se atingir os três níveis de aprendizado citados (também conhecidos como loop simples, duplo e triplo) em uma empresa, adiciona-se a complexidade de captar as lições aprendidas de pessoas diferentes, através de experiências individuais ou em grupo, pelo correto gerenciamento do fluxo de geração de conhecimentos e aprendizados. Na definição de Peter Senge: "Organizações que aprendem são aquelas onde as pessoas expandem continuamente sua capacidade de gerar os objetivos desejados, onde novos e expansivos padrões de pensamento são nutridos, onde o desejo coletivo é livre para ser exercido e onde, em conjunto, as pessoas aprendem a olhar para o todo”.- Para tanto, a empresa precisa desenvolver três elementos principais, os quais serão temas de artigos futuros: 1. conceito de Gestão do Conhecimento bem difundido – o que Senge chama de "a essência"; 2. Fluxo de disseminação e compartilhamento interpretativo das informações (experiências, conhecimentos adquiridos, lições aprendidas) – ou "a arquitetura"; 3. Um ambiente propício para que isso aconteça de forma equilibrada e contínua – pelo desenvolvimento das 5 disciplinas (abaixo), e da adoção dos conceitos do "BA" (Nonaka) – uma cultura e ambiente organizacional voltada à geração de idéias, ao compartilhamento, troca e questionamento livre das informações.

A empresa que aprende acumula seu conhecimento como um indivíduo, um organismo vivo, possuindo um senso coletivo de identidade e propósito. Utiliza as lições aprendidas para sua própria evolução. Como em um cérebro em plena atividade, consegue fazer ligações entre seus neurônios – as pessoas – gravando fatos correlatos, sintetizando experiências e disponibilizando este material pronto para utilização no momento adequado, criticando seu conteúdo e a forma como o próprio processo acontece. O aprendizado se dá à medida que consegue explicitar na base de conhecimento organizacional a essência do conhecimento tácito de suas pessoas, alimentando com lições aprendidas seu grande cérebro, que podemos chamar de “capital intelectual”.

Empresas que aprendem não somente criam caminhos mais rápidos para seu desenvolvimento, sem recorrer em erros, mas constantemente criam valor real para o cliente e para o acionista. Estudos mostram que a orientação para a aprendizagem eleva a criação e aceitação de novas idéias, consistentemente promovendo e acelerando o processo de inovação. Este estágio pode ser alcançado a partir do reconhecimento de que a chave deste processo é garantir que sempre quando o indivíduo aprende, o coletivo também aprende, e vice-versa. É uma questão que envolve uma mudança de cultura organizacional. A empresa atenta ao seu contínuo aprendizado achará o caminho para criar seu próprio futuro, se reinventar e criar diferenciais próprios, gerados internamente.

5 disciplinas de Senge:
1.Raciocínio sistêmico: integração dinâmica entre o todo e as suas partes;
2.Domínio pessoal: auto-conhecimento, objetivos, energia e paciência;
3.Conscientização dos modelos mentais enraizados: garantir seu entendimento;
4.Definição de um objetivo comum: um sentido de missão;
5.Disciplina do aprendizado em grupo: a unidade fundamental é o grupo e não o individuo.
Leitura recomendada: Senge, Peter; "A 5ª. Disciplina".

quarta-feira, 8 de agosto de 2007

INOVAÇÃO E EDUCAÇÃO

Inovação só surge quando há, dentre outros fatores, investimentos sérios em Desenvolvimento Humano. E é exatamente aí que reside o problema...

As organizações costumam tratar este assunto com seus planos mirabolantes de Gestão por Competências, conceito muito citado no Brasil por mestres em RH, tais como os professores Joel Dutra e Tânia Casado.

O conceito de Competências inclui as habilidades, atitudes e conhecimentos que os funcionários de uma determinada empresa devem ter. Como quase sempre acontece no Mundo Corporativo, o problema não está no conceito, mas sim na sua aplicação no dia-a-dia da empresa.

Num mundo globalizado como o atual, no qual a competição se torna cada vez mais acirrada e a diferenciação é atingida a duras penas, as competências exigidas pelas empresas geralmente estão relacionadas à: negociação, desenvolvimento de pessoas, empreendedorismo, visão estratégica, análise crítica e demais competências técnicas em função das diversas áreas da organização.

A grande área de oportunidade quando falamos de Desenvolvimento Humano nas empresas, está em como fazer com que os funcionários desenvolvam estas competências. Atualmente são usadas fórmulas desgastadas tais como treinamentos presenciais e de curta duração (onde reinam os power points em demasia), palestras motivacionais com fórmulas feitas e o financiamento dos MBA's pasteurizados pelo mercado.

Há muito espaço para melhoria em relação à maneira de se fazer um Ser Humano melhor e mais competente para o que a organização precisa. Como isso pode ser feito? Um dos elementos-chave é olhar para a Educação como uma arte interdisciplinar, que envolve conhecimentos que não necessariamente estão somente no campo da Administração, Economia, Finanças, Marketing e afins. Há muito conteúdo que pode ser explorado de áreas como Terceiro Setor, Artes Plásticas, Teatro, Psicologia e a própria Pedagogia. Outro fator fundamental está na realização de um profundo diagnóstico da pessoa que entrará num processo de desenvolvimento por competências. Um diagnóstico que entenda seu histórico dentro e fora da organização, suas motivações, sonhos, expectativas, nível cultural e educacional. Afinal, como diria Paulo Freire, "A Educação não pode se resumir a um depósito de conteúdos nas cabeças alheias".

terça-feira, 31 de julho de 2007

A ETERNA LUTA DA EMPRESA

Recentemente, tem se tornado cada vez mais comum escutarmos sobre a crise de grandes empresas que durante muitas décadas foram líderes em seus mercados, tais como GM, IBM e Kodak. Ao mesmo tempo, outras corporações tem sido alçadas à condição de "modelos", tais como Google, Toyota e Apple.

O que está por trás destas notícias? Porquê empresas gigantes e responsáveis pelo sucesso do Capitalismo Industrial não conseguem mais atingir os resultados de antigamente? O que permite à Toyota estar a frente das demais?

Uma questão pouco abordada em profundidade pelos gurus do mundo midiático e que pode representar uma parte das respostas se refere à capacidade de INOVAR.

Esta pequena palavra é uma das soluções para a sobrevivência das organizações no mundo cada vez mais globalizado e competitivo em que vivemos. Por mais que esta afirmação possa parecer óbvia, porque as empresas (gigantes, grandes, médias ou pequenas) tem tanta dificuldade em criar uma cultura permanente de INOVAÇÃO?

Em minha opinião, isso se deve ao fato de que INOVAÇÃO depende de criatividade e esta só surge quando há um ambiente propício para isto, com pouca burocracia e tempo livre para o pensar estratégico, para a análise meticulosa do mercado, dos concorrentes e das tendências para o futuro...E, principalmente, depende do investimento no Ser Humano que faz parte da organização.Confesso que tenho um especial interesse por este último tópico e pretendo detalhar mais algumas idéias sobre como fazer isso, em próximos posts.